Leitos de hospitais na penumbra da morte. Um açoite, uma emboscada. Pernas quebradas, cabeças baleadas, velhos andando de mãos dadas em direção ao nada, o sangue sendo colhido numa seringa transparente, o soro pingando gota a gota direto nas veias. Eu vejo dor, eu vejo o desespero, eu sinto a senhora morte açoitando-me enquanto peno em cima de uma cama hospitalar jogada ao esquecimento num corredor qualquer, cheio de desgraça em volta. Não há muito o que se dizer… depois desta noite, não mais.
Olhos de tormento. Esquecimento. Lágrimas. Gritos. Sorrir, não mais!
A vida já tomada pelo tempo é a única coisa sã em Sra. Benedita; vulgo: Leito 14.
Ainda que eu quizesse explicar , o quê é estar na agonia final.Não acharia palavras
Capazes de descrever o sentimento. Apenas digo sabe quem já ficou no leito entre a vida é morte. No final antes da partida se sente o arrependimento e na morte não há dor.
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Para quem ainda não sabe o que é compaixão, ler seu texto e entender sua motivação é um bom começo.
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Paulino, sempre generoso em seus comentários 🙂
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Isso é um trecho de uma história?
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uma curta e breve crônica. Me deparei com essa cena no ano passado, quando estava internada em um hospital no centro de São Paulo.
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Você poderia trabalhar mais nela, criar um conto. É um tema interessante pra desenvolver algo maior.
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Aham, sem dúvidas pensarei em algo pode deixar, estenderei mais aqueles dias de leito hospitalar, obrigada pela dica, Alan.
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