Observo os restos de alguém ao chão
Enquanto alguém sonha acordado ao relento
Bem ao lado do vômito frio.
Pés e mãos vêm e vão
Enquanto pombos beliscam lixo biodegradável.
De segundo em segundo a temperatura cai
Juntamente com a garoa fina.
Alguém me aborda e diz:
Sou GreenPeace!
Não sorrio. Não largo meu bloquinho,
Digo apenas: tenho dezessete anos irmão.
Observo meticulosamente patas e bicos
Em trabalho conjunto,
Limpando os restos intestinais de alguém ao chão.
Bengalas de aço fazem teque teque…
Uma carroça de aço é reabastecida com sacos de lixo
Cheios de embalagens industriais e alimentos
Frutos de um desperdício.
Um gole de corote para o corpo
Outro para a alma vazia.
E assim a semana se inicia senhores…
Olá Vitória, bom d+ este poema. Olha, você conhece Augusto dos Anjos?
Abraços!!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Adriano, muito obrigada pelo elogio a este poema. Sim, o conheço sim. Apesar de não ter lido muito de suas obras mas já passei meus olhos sobre seus escritos.
CurtirCurtir