Os mamilos são casos peculiares.
A cada tiragem de pele uma roupagem nova.
Mas o corpo nunca está nu de verdade. E uma vez que não estamos nus, estamos fadados a morrer sem liberdade.
Os pênis incham e as bolas fazem o parto das cobras.
Neste instante observo meia imagem numa televisão futurística pela metade.
E vozes geram vozes que geram vozes que geram vozes.
Duas mulheres negras andam de mãos dadas sobre os ladrilhos.
Um homem e uma mulher se beijam apaixonados bem de baixo da meia lua.
O saxofone brinca enquanto as notas se balançam…
À noite, o centro da cidade chora bem mais que flores. Mas nunca poderemos mastigar os aromas se apenas deixarmos nosso olfato para nos guiar.
E um chiclete sem açúcar, já duro, faz o formato correto de meus dentes de leite.
Um vento gelado sopra por cima de minhas coxas.
E um ser humano diz:
– Segue Jesus. O batismo é no rio, são nas águas…
E eu sinto saudades de Carolina.
Será que saudades de mim ela também sente?
À noite tá boa pro romper das ondas.
Maré?
Mamilos – a última fronteira.
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Maré das boas.
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🙂
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