Um branco em tom de jaleco atravessa um muro preto.
Um preto em tom de sujeira pisa num chão branco.
Os dois tons se unem em comunhão a troca – uns vendem pinos e papéis – uns oferecem narizes e notas altas.
Há pedras rolando nas mãos infantis.
Há pedras que fumam. Há pedras que matam.
Vermelho combina com olhos esfumaçados – que combina com sorrisos amarelos – que combinam com o azul da fome – que combina com o verde da bandeira – que não combina com o preto das bulas – que combina com o cinza da cidade baixa.
Vida que seguiu.
Vida que não segue mais.
A propalada democracia racial em poema!!!
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Para lhe entender não basta ler-te… sensacional… sempre crítica… é tempo de poesia…
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