
Carta para meu autor favorito
Buk,
Minha cueca está rasgada na bunda e o tecido da cadeira de plástico faz suar o buraco mais escuro. Há dias venho acordando cedo pra caralho para produzir coisas, editar coisas e falar com pessoas que não conheço. Todo santo dia eu vejo Carolina se vestir de forma apressada entre 6:50 e 7:10 da manhã, enquanto eu tenho os raios de sol inundando minha janela que nunca é fechada durante a madrugada. É sempre o mesmo ritual de calejar os dedos martelando em teclas pequenas, encarar a página em branco, olhar pela janela, obsevar o topo das casas e dos prédios, ouvir os motores arrancando de lá pra cá e beber dúzias de cervejas pretas vencidas.
Continuar lendo “Carta para meu autor favorito”