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É possível viver só de escrita no Brasil?

viver de escrita no brasil

Viver de escrita no Brasil, que autora que não quer viver assim? Crescemos com vontade de fazer da literatura o nosso ganha pão, mas aí nos deparamos com a dura realidade: um país que lê pouco e quase não valoriza a cultura.

Entretanto, ao contrário do que as estatísticas dizem, é sim possível viver só de escrita no Brasil. Embora seja difícil, assim como toda arte, temos alguns exemplos de sucesso que podem te provar que isso é possível.

Por isso, aqui neste artigo, além de te mostrar os caminhos que você pode percorrer para obter maior êxito, vou falar também sobre a atual situação no mercado editorial para quem pretende se lançar ainda esse ano. 

Então, vem comigo que aqui você vai aprender:

  • Você tem certeza de que quer viver de escrita no Brasil
  • Esses brasileiros só trabalham com escrita
  • Qual o preço dos grandes escritores da atualidade
  • Existem escritores milionários
  • Usando a criatividade para superar as crises do mercado editorial
  • Você já sabe que é possível viver do sonho

Você tem certeza de que quer viver de escrita no Brasil?

Certamente, algum amigo ou parente seu já te acusou de querer morrer de fome assim que confessou que seu sonho era ser uma escritora. 

Em momentos como esse, o que fazer? 

Eu, escolhi simplesmente ignorar indagações como estas, passando a estudar mais sobre o mercado editorial e marketing e simplesmente, continuar tentando.

Em primeiro lugar, entenda que essas pessoas provavelmente não tem a mesma ambição que você, ou seja, não irão correr atrás do seu sonho. Como a cultura no Brasil já é desvalorizada, elas acabam fazendo uma conta básica e concluem que você também fracassará, mesmo sem ter certeza sobre isso.

De fato, o sucesso exige uma caminhada que nem sempre é fácil. É comum que os escritores banquem suas vidas com outros trabalhos, que possuam carteira assinada em outras áreas e tenham uma grande oscilação de renda. 

Mas, como é que Thalita Rebouças, Raphael Draccon, Paula Pimenta, Martha Medeiros e Raphael Montes, conseguem viver só de escrita, afinal?

Essas e outras respostas você obterá aqui a partir de agora… Então, continue a leitura até o final.

Esses brasileiros só vivem de escrita

Se você conhece esses autores, já deve saber que eles não obtiveram todo esse reconhecimento apenas com os livros que publicam. Mesmo todos sendo escritores best-sellers, nenhum deles ficou parado esperando que o mundo os reconhecesse. Eles correram atrás.

Thalita Rebouças, por exemplo, levou seu primeiro livro, Traição Entre Amigas, para a Bienal do Rio de Janeiro em 2001, e teve até que fazer polichinelo para ser notada. Hoje, ela é um ídolo teen e vários de seus livros viraram filmes. 

Logo, a carreira da escritora ao longo do tempo agradou exponencialmente o público, possibilitando com que ela conquistasse também a televisão e o cinema.

Raphael Draccon e Paula Pimenta, são fenômenos na literatura brasileira contemporânea e ambos começaram de maneira tímida. Ele, com muitos gargalos, até mesmo financeiros. Ela, com a leitura apenas da família e dos amigos.

Mas, suas histórias eram tão potentes que os próprios leitores passaram a disseminar, no famoso boca a boca. Agora, Draccon atua também como roteirista, inclusive com série na Netflix, e Pimenta atrai mais leitores e vende suas obras para o cinema.

Martha Medeiros, está no mercado literário há mais tempo que todos eles. É considerada uma das melhores cronistas brasileiras e teve suas obras adaptadas para o teatro e cinema. A grande maioria de seus trabalhos foram todos com livros e colunas de jornais. 

Por fim, temos Raphael Montes, um dos jovens talentos da literatura nacional. Autor de suspense e mistério, iniciou a carreira ao ganhar um prêmio literário para publicação do livro Suicidas, e desde então, cada obra que lança se torna um best-seller. Em paralelo, o autor também escreve roteiros para cinema e televisão.

Agora, me lembre… Quem disse que não é possível viver de escrita no Brasil?

viver de escrita no Brasil e possivel
#ParaTodosVerem: Um escritor escrevendo em seu caderno

Qual o preço dos grandes escritores da atualidade?

No cenário internacional, os autores recebem muito mais destaque, visto que, muitos outros países tratam a escrita com maior apreço quando comparado ao Brasil.

Na Noruega, por exemplo, existe um programa do governo para aquisição de obras para bibliotecas. Lá, os livros físicos também são isentos de impostos, assim como no Reino Unido, Irlanda, Albânia, Ucrânia e Geórgia. O preço dos livros são fixados, e países como Espanha, França e Alemanha adotam o mesmo sistema. O cenário da Noruega é tão animador que existe até bolsa para escritores. 

O país também possui um número enorme de leitores. Pelo menos 90% da população norueguesa lê um livro por ano. No Brasil, até 2015, apenas 56% da população era leitora, com uma média de 2,43 livros lidos por ano. 

Desses poucos livros, o gênero mais lido era o religioso (especialmente a Bíblia), seguido com grande diferença por contos e romances.

Assim, faz sentido que sua família tenha medo do seu sonho de ser escritor. Mas, o que eu lhe recomendo é… Continue lendo o artigo, que tenho notícias promissoras para que possa mostrar as pessoas que vivem desacreditando do seu potencial literário. 

Existem escritores milionários

Para você ter uma ideia do rendimento dos autores internacionais, coloco aqui os números divulgados pela revista Forbes, que fez um levantamento dos dez autores mais bem pagos do mundo. Para isso, a pesquisa considerou o período de junho de 2017 a junho de 2018. 

Repare na lista que muitos desses autores tiveram suas obras adaptadas em roteiros de cinema:

  1. James Patterson: US$ 86 milhões
  2. J. K. Rowling: US$ 54 milhões
  3. Stephen King: US$ 27 milhões
  4. Jeff Kinney: US$ 18,5 milhões
  5. Dan Brown: US$ 18,5 milhões
  6. Michael Wolff: US$ 13 milhões
  7. Danielle Steel: US$ 12 milhões
  8. Nora Roberts: US$ 12 milhões
  9. Rick Riordan: US$ 10,5 milhões
  10. E. L. James: US$ 10,5 milhões

Infelizmente, não consta nenhum autor brasileiro na última pesquisa. No entanto, ao considerar o histórico, temos Paulo Coelho com um patrimônio de US$ 500 milhões, a partir do trabalho com os livros. Ele possui destaque pois O Alquimista, é o livro brasileiro mais vendido no mundo. Outro autor ainda vivo que passou as fronteiras literárias, é o cantor e compositor Chico Buarque.

Usando a criatividade para superar as crises do mercado editorial

Se pensa que é preciso virar roteirista para viver de escrita, está enganado. Ainda há outras maneiras, como falo neste artigo aqui

Uma das possibilidades rentáveis utilizando a escrita, é escrever para sites e blogs, fazer textos para de redes sociais, roteirizar vídeos para Youtube, escrever livros como ghost writer, trabalhar como redator freelancer e outra infinidade de variedades.

Atente-se: não fique preso à ideia de que, para ser escritor, você precisa ser um grande romancista, cronista ou contista. Se já conhece e pratica a escrita criativa, você já é um escritor, e pode ir montando seu portfólio para atrair clientes dos mais diversos tipos.

Agora, se seu desejo é viver de seus próprios livros, exclusivamente, é preciso olhar para o mercado editorial. Com a atual crise do coronavírus, muita coisa irá mudar nesse cenário, primeiro porque estamos tendo que priorizar os serviços e produtos, e os livros não são produtos essenciais. Isabella Lubrano comenta neste vídeo sobre as perspectivas da indústria do livro diante dessa calamidade pública.

Há tempos, uma crise está em vigor no setor editorial. Com a chegada da Amazon no Brasil e de seus preços altamente competitivos, aliados à gestão antiquada das grandes livrarias, acabaram quebrando e fechando muitas portas, a exemplo da Livraria Cultura e da Saraiva

O que se observou com isso tudo, foi o surgimento de pequenas livrarias e também de editoras prestadoras de serviço, que fazem impressões sob demanda de acordo com o custo que o autor está disposto a investir. 

Então, isso significa que, autores têm maior facilidade para fazer autopublicações com agilidade, tiragens mais modestas e menor custo, quando comparado a editoras tradicionais.

Nas editoras tradicionais, como a Companhia das Letras, Rocco e Record, o custo da publicação é paga pela própria editora. O autor recebe então pelos direitos autorais, de 6 a 10% do preço do livro comercializado nas livrarias. A vantagem é a divulgação, o respaldo da editora, a equipe técnica e toda a assistência.

Já na autopublicação, apesar do custo bancado pelo próprio autor, o rendimento é definido por ele. Então, pode-se receber até mais que 100%. A desvantagem é que você precisa correr atrás de revisores, diagramadores, capistas e cuidar também da comercialização e divulgação das obras.

Mas, para quem quer de verdade viver só de escrita, isso tudo não será visto como empecilho, mas como desafio!

Dessa forma, resta ficarmos atentos às notícias sobre o mercado do livro, entender que não só esta indústria irá sofrer com o Covid-19, mas também em outros diversos setores. Por isso, agora mais do que nunca temos que usar a criatividade.

Você já sabe que é possível viver do sonho

Para te ajudar sobre assuntos relacionados ao mercado editorial e autopublicação, estou sempre postando artigos que possam agregar em seu desenvolvimento como escritora e pensando também, em como você pode ter uma renda extra aliada ao seu sonho de se tornar uma grande escritora. 

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6 respostas

  1. Esse texto abriu meus horizontes e mostrou possibilidades que eu estava com dificuldade de enxergar, quero ser uma escritora profissional e agora tenho mais certeza do que antes que esse caminho é para mim.

    Obrigada por compartilhar esse artigo.

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